Parece "estória" para crianças... Já tivemos a raposa Sofia e agora preparamo-nos para o baptizado pardaleco...
Sábado passado, no Lavre, fomos fazer um grelhado para o almoço.
Surpresa das surpresas: por cima, já na chaminé, um ninho enorme. Dois pardalitos, com poucas penas e aos pios, e um ovinho ainda por eclodir. Um deles estava em estado de maior desenvolvimento.
Tivémos que tirar o ninho com cautela e comecei a alimentar os pardais com açorda de pão alentejano e água. Os bicos abertos era de uma enorme ternura... A natureza é assim... (e eu sem máquina para fotografar...)
Voltámos a colocar o ninho dentro do barbeque. Domingo reparámos que a mãe os tinha rejeitado por ter sido movido o ninho, embora tivesse sido colocado no mesmo local. Soube que é sempre assim, quando alguém mexe nos ninhos. E um dos pardalitos desapareceu: procurámos tudo e nada. Deve ter tido força para voar.
Voltámos a Lisboa com uma caixa e o núcleo do ninho recheado com o pardalito sobrevivente. Dou-lhe açorda e sementes de trigo sarraceno, que tinha cá em casa. É o come e dorme. Agora está a chamar por mim. Quer mais papa...
Ando na pesquisa, para saber o que comem... Se sobreviver, no próximo fim de semana levo-o de volta para o Alentejo, sua terra natal...
Mas onde arranjo eu minhocas e insectos?
Agora está chamando por mim... aos pios e arrepios!!!
Mas é lindo o bicharoco!!!
NOTAS:
- 24 de Junho, 4ª feira de S. João, o pardal Bonifácio ainda sobrevive. Nesta momento pia e repia por mim.... Agora dou-lhe papas de milho...
Baptizei-o ontem.
Vamos ver no que dá... mas já ensaia voar... caminhando pelas palhas acima... Se chegar ao fds com vitalidade para voar, capacidade para bicar sozinho, deixo-o livre em cima de um galho, lá no Lavre.
- 26.Junho - o pardal Bonifácio continua respirando... e já trepa pelas palhas do ninho. Penas ainda incompletas.
Hoje o menú são papinhas de carolo de milho com farelos... porque ele não apreciou muito as de aveia integral...
- 28 de Junho - O Bonifácio cresceu mesmo. Voltou á terra Natal e comeu formigas que andei a caçar, juntamente com as papinhas de pão alentejano.
Não sei se foram as proteínas animais que lhe deram um vigor acrescido. Agora tem cama mais ampla, forrada com uma toalha velha e com o ninho ao canto. Salta e pula para a beira do caixote, depois para o chão. É uma alegria.
- 29 de Junho - O Bonifácio fez o seu primeiro e titubeante vôo, a partir do poleiro do caixote. Não subiu mais do que 30cm de altura e aterrou trôpego um metro à frente...
Ainda não come sozinho. Tem dieta melhorada, que adora: ovo cozido picado. Que delícia, diz-me piando...
- 30 de Junho - de manhã o Bonifácio tinha desaparecido do caixote. Não se ouvia um pio. Andei 2 horas revirando a casa e convencida de que tinha morrido em qualquer canto. Até que o encontrei escondido no rolo de um velho tapete que espera uma lavagem à mangueira...
Nesse dia comprei-lhe uma gaiola. Está muitas vezes cá fora, mas dorme fechado.
- 1 de Julho - comeu pela 1ª vez bicando na mão do dono... Dormiu na gaiola sem as palhas mas reclamou... Anda cheio de comichão e debica as penas ferozmente... Já está cobertinho de belas penas...
Não gosta de tomar banho: coloquei-lhe uma piscina passaral mas ele não se comoveu... e não se lavou...
- 2 de Julho - já debica "comida exótica para passarecos com bolacha"... mas ainda prefere as papas de milho com farelos e ovo cozido...
Agora dou-lhe aulas de vôo. Coloco-o empoleirado no telhadito da gaiola e sento-me mais longe, chamando-o... Ele lá vem em vôo gingado..., impreciso... e põe a funcionar o trem de aterragem mal vê a palma da minha mão...
Eu luto pelo pardal.
OBS:
in
http://bicharada.net/animais/animais.php?aid=121
Nome científico: Passer domesticus
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Passeri
Família: Passeridae
Género: Passer
Origem
O pardal é a ave mais fácil de observar em Portugal e também no resto da Península Ibérica. Pode ser encontrado noutros países da Europa, mas aí a concorrência com outras aves, como o tordo, não lhes confere tanto protagonismo.
Apesar de ter origem na Europa, hoje existem pardais em todos os cantos do mundo levados pela mão humana, numa altura em que ninguém se preocupava com o que poderia acontecer com aves invasoras, ou mesmo com outras espécies.
As vilas e cidades, onde se adaptaram como nenhuma outra, são o habitat preferido destas aves, apesar de poderem ser encontrados também no campo, em grande abundância.
Alimentação
As migalhas, insectos e minhocas são a base da sua alimentação, e os núcleos habitacionais proporcionam todo esse alimento. As chaminés e os beirais das casas proporcionam locais ideais para a sua reprodução, que acontece na Primavera.
Hábitos
Nas zonas densamente arborizadas, podemos encontrar numerosos bandos destes barulhentos animais, que alegram os fins de tarde, voando de árvore em árvore até ao anoitecer.
Dimorfismo sexual
É muito fácil distinguir o macho da fêmea. O macho, tem a cabeça e parte das asas castanhas escuras, sendo o resto do corpo de um tom pardo, acastanhado, ao passo que a fêmea apresenta em todo o corpo uma coloração uniforme, de cor castanho esverdeada.
Ao contrário do que se pode pensar, estas aves são extremamente frágeis e todos os anos o número de aves mortas durante o Inverno é muito grande. No entanto, a sua facilidade em reproduzir-se faz com que esse factor perca alguma importância. Em algumas zonas mais frias, é frequente os habitantes colocarem pequenos reservatórios com manteiga, onde os pardais vão buscar parte da sua gordura corporal para combater o frio intenso.
Os pardais podem medir até 15 cm
PARDAL-Tempo de vida(de 15 a 20 anos)
NOME COMUM: Pardal
NOME EM INGLÊS: House Sparrow
NOME EM ITALIANO: Passero
NOME EM FRANCÊS: Moineau domestique
NOME EM ESPANHOL: Gorrión común
NOME EM ALEMÃO: Haussperling
NOME EM ESPANHOL:
NOME CIENTÍFICO: Passer domesticus