Ando por aí, por esse mundo imenso, de folha em folha...
Quinta-feira, 06 de Agosto de 2009

 A agência do BES em Altura, (C.Marim) nasceu em 2008, mais gorda do que o devido, torta e corcunda: ainda hoje mal se endireita... O seu design e consequente construção, sonhado cópia de uma pála à Siza mas esboçado por um outro qualquer arquitonto, resolveu pôr-se a mexer num determinado dia, desmoronando-se e esvaindo-se...  Rapidamente nasceram umas colunas metálicas, depois umas injecções de cimento colativo, para aguentarem o chapéu de pé ... Resumindo, autênticas próteses. 

 

A história do "cai, levanta e sustenta" fez correr tinta nos media e gastou energias de vários tipos.

 

Os passantes, mirando tão arrojado projecto e tão feérica iluminação, começaram de imediato a chamar-lhe o TClub de Altura... Consta que esta mega agência foi planeada tendo em vista a comercialização de um futuro e vizinho empreendimento turístico, de Luís Filipe Vieira, um senhor dito do Benfica. Acontece que ainda nada foi benficado e como tal a agência anda à míngua de clientes que minimamente a suportem...

 

É um insólito caso em Alagoa, vila de pouca ambição em termos de arquitectura (e ainda bem).  Por lá existem outras agências bancárias proporcionais à população e aos euros circulantes, que devem ter 1/10 da volumetria total do BES.

 

Efectivamente qualquer coisa vai mal no sotavento algarvio e reino bancário do BES.  Mas os habitantes disso não têm culpa.

 

Já o BES tem culpa ao não tratar devidamente das suas instalações.


O que é um facto indiscutível é que o espelho de água é um poço de infecções: a bicharada prolifera e a mosquitada nidifica!


A desculpa de não existirem por perto empresas de manutenção de exteriores ou de que a indispensável circulação da água não ficou adequadamente projectada, não servem a quem é afectado pelo mosquito. Penalizem o arquitecto, não a população e os magros turistas.


Chegou o verão e a situação não pode e não devia manter-se assim. A saúde pública impõe-se!


Se não conseguem manter as condições de salubridade acabem com o espelho de água. Façam do espaço um ringue de patinagem para as crianças, já que toda a envolvente do BES serve de parque infanto-desportivo. Fora d'horas os exteriores com bom piso são pista e parque de treino e malabarismos de bicicleta e skates. O relvado é local de futebol. As árvores lá plantadas são alvo das maiores tropelias. Não se vê qualquer Segurança que impeça essas utilizações.

 

A construção é interiormente revestida a azulejo verde escuro:  enormes paredes que servem de quadros a todo o tipo de inscrições gravadas no lixo acumulado... Lindo de se ver...

 

A dita pála faz "piscina" no topo, em tempo de chuvas... Portanto nem para boné serve... Entendidos no assunto afirmam que, mais dia menos dia, irá desmaiar...

 

Por várias vezes exposta a situação ao BES, obtém-se uma resposta incolor, inodora, insípida e redonda: ora vejam.

 

"...  as mensagens dos nossos Clientes são de extrema importância, na medida em que nos permitem corrigir eventuais insuficiências, pelo que informamos que já foram efectuadas as devidas diligências com vista à regularização da situação."

 

Mas o livro amarelo, tão apregoado, devia dar algum resultado. Qual? Não se sabe porque as reclamações não têm resposta... 

 

Notável e maravilhoso, não acham?

publicado por mariadoscaracois às 16:41
sinto-me: indignada
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