A Roxa colocou no seu blog um simples “post”:
“Os amigos são únicos,
vivem no nosso coração embalados pela nossa respiração,
não os procuramos em anúncios mas na vida partilhada.
Os amigos sobrevivem ao tempo na certeza da continuação.”
Fiquei a reflectir sobre o conceito e significado de AMIGO. A uma conclusão básica cheguei de imediato: nada tem a ver com a vulgaridade com que meio mundo utiliza o termo.
Isso de chamar amigo a uma pessoa que por mero acaso cruzou o nosso trilho numa determinada situação, trocou palavras de circunstância, sorriu, comeu e bebeu, foi educado, tinha bom aspecto, conversou sobre banalidades ou não, fixou o nosso nome, guardou números de telefone, posteriormente esteve presente em mais um, dois ou três novos encontros, foi útil, etc. é muito curto para cimentar e fundamentar o alicerce de amigo. A vida ensina quão fugaz é esse tipo de “cola”…
Os amigos/as são a família que EU escolhi. Prezo-a, cuido-a e dou-lhe alimento. Tenho uma fé inabalável em cada um destes membros adoptivos.
Conto com ALGUMA família muito próxima, que são IRMÃS viventes no meu coração, na minha lembrança diária, nos apelos, na troca, na reciprocidade, na ajuda, na sobrevivência, no companheirismo, no entendimento, na solidariedade, na verdade, no carinho, na partilha, nas comemorações, nas contas do banco, na divisão do euromilhões, no tempo e na distância, no humor e na boca brilhante da gargalhada, na lágrima fria e cinzenta da tristeza, nas rugas e nas fotografias antigas que tanto gozo nos dão...
Os amigos acontecem enquanto planeamos o futuro!
Quando alguma apanha o combóio e parte fica um buraco: fundo, vazio, diferente, escuro e gasosamente pesado.
Foi!
Tive dissabores? Claro que sim, aconteceu-me uma vez e ferozmente. E neste caso,
Fui!
sinto-me: amiga