Ando por aí, por esse mundo imenso, de folha em folha...
Quarta-feira, 30 de Setembro de 2009

  


IMPORTANTE:
NÃO SABER ESTE PROCEDIMENTO PODERÁ CUSTAR-LHE CENTENAS OU MILHARES DE EUROS
·
CONHEÇAM BEM ESTA MATÉRIA

 


Lei 24/2007: Acidentes em auto-estrada


Como sabem, para quem anda nas Auto-estradas, às vezes aparecem objectos estranhos nas mesmas, como peças largadas por outros veículos, objectos de cargas que se soltam e até animais... coisas que não deveriam acontecer porque as concessionárias são responsáveis pela manutenção. Estas situações provocam acidentes e danos nos nossos veículos, contudo se isto vos acontecer (espero que não) exijam a presença da brigada de trânsito.


Os meninos das auto-estradas vão dizer que não é preciso porque eles tratam de tudo... no entanto e conforme a *Lei 24/2007 , a qual define os direito dos utentes nas vias rodoviárias classificadas como Auto-Estradas Concessionadas *...(tendo em atenção o Art º 12º nº 1 e 2), vocês só podem reclamar o pagamento dos danos à concessionária se houver participação das autoridades! É uma técnica que as concessionárias estão a utilizar para se livrarem de pagar os danos causados nos veículos.


Por isso, se tiverem algum percalço por culpa da concessionária, *EXIJAM A PRESENÇA DA AUTORIDADE*, não se deixem ir na conversa dos senhores da assistência os quais foram instruídos para dizer *'agora somos nós que tratamos disso e não é preciso a autoridade'*.


* Isto é pura mentira! Se não chamarem as autoridades, eles não são obrigados a pagar os danos e este é o objectivo deles! *
* Façam circular este mail, pois já nos chega pagar valores absurdos pelas portagens quanto mais sermos enganados desta maneira! *

 


Boas viagens

Origem Dr. Álvaro Caneira (Advogado)

 

 

 

 

 

 

 

publicado por mariadoscaracois às 12:16
sinto-me: esclarecida
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Terça-feira, 29 de Setembro de 2009


HOMENS, SEGUNDO VINÍCIUS DE MORAIS

Os Homens.
Os homens bons, são feios.
Os homens bonitos, não são bons.
Os homens bonitos e bons, são gays.
Os homens bonitos, bons e heterossexuais, estão casados.
Os homens que não são bonitos, mas são bons, não têm dinheiro.
Os homens que não são bonitos, mas que são bons e com dinheiro, pensam que só estamos atrás de seu dinheiro.
Os homens bonitos, que não são bons e são heterossexuais, não acham que somos suficientemente bonitas.
Os homens que nos acham bonitas, que são heterossexuais, bons e têm dinheiro, são covardes.
Os homens que são bonitos, bons, têm dinheiro e graças a Deus são heterossexuais, são tímidos e NUNCA DÃO O PRIMEIRO PASSO!
Os homens que nunca dão o primeiro passo, automaticamente perdem o interesse em nós quando tomamos a iniciativa.

AGORA ... QUEM NESSE MUNDO ENTENDE OS HOMENS?

Moral da História:

" Homens são como um bom vinho. Todos começam como uvas, e é dever da mulher pisoteá-los e mantê-los no escuro até que amadureçam e se tornem uma boa companhia pro jantar "

'Mulheres existem para serem amadas, não para serem entendidas.'

Vinicius de Morais

É QUE SABE!!!!!!!!!!

 

publicado por mariadoscaracois às 12:18
sinto-me: confusa

Quarta-feira, 23 de Setembro de 2009

Livro sobre José Sócrates publicado fora de Portugal

Para memória futura

 

Publicado por helenafmatos, em 3 Setembro, 2009

 

 

«Por ser importante, revelo abaixo a saga da publicação de mais um livro proibido e a necessidade de recurso à publicação nos EUA (na Lulu.com) para vencer os bloqueios da publicação em Portugal.

 

Comunicado ao grupo editorial Leya o meu propósito de edição do livro, recebi no próprio dia a manifestação do interesse na publicação. Apresentei o conjunto de posts que compõem a II Parte do livro e o interesse da editora manteve-se – e cresceu quando depois entreguei a I Parte (a Introdução) na qual contava o contexto da pesquisa e as vicissitudes do afrontamento do poder quase-ditatorial do Governo. Paralelamente, trabalhei ao longo de meses no desenvolvimento do livro, e investigando os novos factos. Até que, em 27 de Fevereiro de 2009, entreguei à Leya uma versão preliminar da III

 

Parte (a Conclusão) do livro, com a descrição de alguns factos novos e a interpretação de documentos inéditos. A insistência constante da editora para que eu terminasse o livro foi substituída por um silêncio absoluto: nem mais um pio. Nunca mais se atendeu o telefone, nem se respondeu aos mails, nem às mensagens. Nem, estranhamente, sequer se correspondeu ao pedido legítimo e formal de devolução do material entregue. Nada. Contactei outras editoras, mas também não tive êxito na edição do livro. Uma delas – aparentemente insuspeita… – nem sequer respondeu ao mail que lhe enviei. E outra também recusou. Finalmente, já no final de Julho de 2009, uma editora mostrou-se interessada, oferecendo-me a possibilidade de colocar o livro para download pago e eu fazer o co-financiamento da edição impressa (co-financiamento que se destinava a prevenir o risco do bloqueio da distribuição e venda em prazo útil). Alguém, do meio, explicou-me depois a dificuldade e receio de, no Portugal socratino, uma distribuidora fornecer, e as cadeias de livrarias e superfícies comerciais exporem e porem à venda, um livro intitulado… “O Dossiê Sócrates”…

 

Frustrada a tentativa de edição tradicional em tempo útil, sem meios para o co-financiamento da edição impressa, sem interesse numa versão digital paga, e sem a difusão natural e distribuição corrente nos pontos de venda, decidi contornar o obstáculo da edição, distribuição, exposição e venda, com a publicação integral gratuita do livro em linha e a possibilidade de compra para os leitores que queiram ler e ter o livro impresso.

 

 

 

O valor de compra do livro impresso cobre apenas o custo da edição, e com os portes, não é superior ao preço de edições similares no mercado. Escolhi propositadamente um tamanho de papel mais longo, o qual permite um custo baixo (14,95 euros + 6,08 euros de portes = 21,03 euros). Podia cobrar também pela edição digital; porém como o meu objectivo não é económico, mas político, o livro fica disponível para o download gratuito dos leitores. As duas modalidades estão disponíveis na Lulu.com.

 

 

 

 

Creio que a alternativa que escolhi responde à máxima difusão possível e conveniência dos leitores.»

 

(In Blasfémias)

publicado por mariadoscaracois às 13:46
sinto-me: indignada
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É só para recordar...    e associar idéias...
  

http://videos.sapo.pt/aWCBzS2SIhahWzoftzgZ

 

É uma boa altura para recapitular e tentar descobrir onde estará o erro grosseiro...

 

publicado por mariadoscaracois às 12:40
sinto-me: indignada
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Terça-feira, 22 de Setembro de 2009

António Barreto descreve o perfil do actual Primeiro-Ministro. 

'Sócrates, o ditador'

 

Único senhor a bordo tem um mestre e uma inspiração.

 

Com Guterres, o primeiro-ministro aprendeu a ambição pessoal, mas, contra ele, percebeu que a indecisão pode ser fatal, ao ponto de, com zelo, se exceder.

 

Prefere decidir mal, mas rapidamente, do que adiar para estudar.

Em Cavaco, colheu o desdém pelo seu partido.

 

Com os dois e com a sua própria intuição autoritária, compreendeu que se pode governar sem políticos.

 

Onde estão os políticos socialistas ?

 

Aqueles que conhecemos, cujas ideias pesaram alguma coisa e que são responsáveis pelo seu passado?

 

Uns saneados, outros afastados.

Uns reformaram-se da política, outros foram encostados.

Uns foram promovidos ao céu, outros mudaram de profissão.

Uns foram viajar, outros ganhar dinheiro.

Uns desapareceram sem deixar vestígios, outros estão empregados nas empresas que dependem do Governo.

Manuel Alegre resiste, mas já não conta.

Medeiros Ferreira ensina e escreve.

Jaime Gama preside sem poderes.

João Cravinho emigrou.

Jorge Coelho está a milhas de distância e vai dizendo, sem convicção, que o socialismo ainda existe.

António Vitorino, eterno desejado, exerce a sua profissão.

Almeida Santos justifica tudo.

Freitas do Amaral, "ofereceu-se, vendeu-se" e reformou-se!

Alberto Martins apagou-se.

Mário Soares ocupa-se da globalização.

Carlos César limitou-se definitivamente aos Açores.

João Soares espera.

Helena Roseta foi à sua vida independente.

Os grandes autarcas do partido estão reduzidos à insignificância.

O Grupo Parlamentar parece um jardim-escola sedado.

Os sindicalistas quase não existem.

O actual pensamento dos socialistas resume-se a uma lengalenga pragmática, justificativa e repetitiva sobre a inevitabilidade do governo e da luta contra o défice.

O ideário contemporâneo dos socialistas portugueses é mais silencioso do que a meditação budista.

 

Ainda por cima, Sócrates percebeu depressa que nunca o sentimento público esteve, como hoje, tão adverso e tão farto da política e dos políticos. Sem hesitar, apanhou a onda.

 

Desengane-se quem pensa que as gafes dos ministros incomodam Sócrates.

 

Não mais do que picadas de mosquito. As gafes entretêm a opinião, mobilizam a imprensa, distraem a oposição e ocupam o Parlamento.

Mas nada de essencial está em causa.

 

Os disparates de Manuel Pinho fazem rir toda a gente.

 

As tontarias e a prestidigitação estatística de Mário Lino são pura diversão.

 

Não se pense que a irrelevância da maior parte dos ministros, que nada têm a dizer para além dos seus assuntos técnicos, perturba o primeiro-ministro.

 

É assim que ele os quer, como se fossem directores-gerais.

 

Só o problema da Universidade Independente e dos seus diplomas o incomodou realmente.

 

Mas tratava-se, politicamente, de uma questão menor.

 

Percebeu que as suas fragilidades podiam ser expostas e que nem tudo estava sob controlo. Mas nada de semelhante se repetirá.

 

O estilo de Sócrates consolida-se. Autoritário, Crispado, Despótico, Irritado, Enervado, Detestando ser contrariado.

 

Não admite perguntas que não estavam previstas ou antes combinadas.

 

Pretende saber, sobre as pessoas, o que há para saber.

 

Tem os seus sermões preparados todos os dias.

 

Só ele faz política, ajudado por uma máquina poderosa de recolha de informações, de manipulação da imprensa, de propaganda e de encenação.

 

O verdadeiro Sócrates está presente nos novos bilhetes de identidade, nas tentativas de Augusto Santos Silva de tutelar a imprensa livre, na teimosia descabelada de Mário Lino, na concentração das polícias sob seu mando e no processo que o Ministério da Educação abriu contra um funcionário que se exprimiu em privado.

 

O estilo de Sócrates está vivo, por inteiro, no ambiente que se vive, feito já de medo e apreensão.

 

A austeridade administrativa e orçamental ameaça a tranquilidade de cidadãos que sentem que a sua liberdade de expressão pode ser onerosa.

 

A imprensa sabe o que tem de pagar para aceder à informação.

As empresas conhecem as iras do Governo e fazem as contas ao que têm de fazer para ter acesso aos fundos e às autorizações.

 

Sem partido que o incomode, sem ministros politicamente competentes e sem oposição à altura, Sócrates trata de si.

Rodeado de adjuntos dispostos a tudo e com a benevolência de alguns interesses económicos, Sócrates governa.

 

Com uma maioria dócil, uma oposição desorientada e um rol de secretários de Estado zelosos, ocupa eficientemente, como nunca nas últimas décadas, a Administração Pública e os cargos dirigentes do Estado.

 

Nomeia e saneia a bel-prazer.

 

António Barreto

publicado por mariadoscaracois às 19:18
sinto-me: enganada
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Saiu, em Diário da República, o direito de acompanhamento dos utentes dos serviços de urgencia no Serviço Nacional de Saúde. Lei n.º 33/2009 de 14 de Julho.

 

Usufruam desse direito: a partir de hoje os nossos filhos, pais, familiares ou mesmo amigos, não ficarão abandonados numa maca de urgencia,  num corredor qualquer de um qualquer hospital.


Divulgem

 
Link do Diário da Républica onde foi publicada a Lei nº 33/2009 de 14 de Julho:
 
http://dre.pt/pdf1sdip/2009/07/13400/0446704467.pdf

publicado por mariadoscaracois às 17:33
sinto-me: saudável
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Sexta-feira, 18 de Setembro de 2009

                É uma vergonha! Tanto português com FOME, no DESEMPREGO (500.000, não é pouco...) e ...

 

(in http://www.inverbis.net/sistemapolitico/ano-eleitoral-custar-16milhoes.html)
O ano de 2009, que reúne um raro ciclo de três actos eleitorais, vai custar ao erário público 116,5 milhões de euros. Deste valor, a grande fatia é destinada às subvenções às campanhas eleitorais. Europeias, legislativas e autárquicas representarão um custo de 74,1 milhões de euros. Um valor que, numa percentagem esmagadora (cerca de 60 milhões) é dirigido às eleições locais.
 
Os dados constam de um estudo realizado por Manuel Meirinho, docente do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (ISCSP) da Universidade Técnica de Lisboa. Além das subvenções às campanhas partidárias, o valor global integra 16, 2 milhões de euros, que serão dedicados à organização do processo eleitoral, mais 9,2 milhões que vão custear os tempos de antena dos candidatos às várias eleições.
 
Além dos três escrutínios eleitorais propriamente ditos, há ainda a subvenção anual a atribuir aos partidos, no valor de 17 milhões de euros. O que resulta num total de 116,5 milhões de euros.
 
Mas já se sabe que 9,7 milhões de euros foi o custo para o Estado das eleições que se realizaram a 7 de Junho de 2009. 
 
Falta ainda saber o custo das legislativas e das autárquicas…
 
Há uma petição contra isto em 
 
Meus amigos/as necessitados: sabem que cada membro de uma mesa eleitoral recebe 76 euros?
 
Habilitem-se ao lugar. Ficam com uns cobres para o pão do dia-a-dia. Sempre ajuda!
 
Garanto-vos que farão melhor figura do que os habituais figurões/onas que aparecem nas campanhas...
publicado por mariadoscaracois às 13:55
sinto-me: indignada
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Quarta-feira, 16 de Setembro de 2009

 

Em 2005 deram a vitória maioritária ao PS 2.573.406 votantes. Os recenseados eram 8.785.227 e em 31 de Dezembro desse ano a população residente em Portugal foi estimada em 10.569.592 indivíduos.
 
Reparem bem como duas mil e tal alminhas puderam dar-se ao luxo de decidir por oito mil e muitas outras alminhas que no PS não votaram.
 
Foi a pura e dura verdade do que aconteceu em 2005. Em eleições legislativas anteriores foi a mesmíssima trafulhice.
 
O conterrâneo português reclama e reclama do governo que lhe caiu em cima mas nada faz para corrigir a situação…
 
Votar-se em listas é qualquer coisa do mais aberrante e bizarro que me passa pela cabeça: O eleitor dispõe de um voto singular para votar no Sr. ou Sra. Lista que por acaso não possui BI nem contribuinte (as listas plurinominais, são fechadas e bloqueadas, apresentadas exclusivamente por partidos ou coligações, sem qualquer possibilidade do votante manifestar preferências). Isto é inaceitável!
Nós devíamos votar em pessoas que conhecêssemos pelas provas dadas em matérias com que se defronta o país e a sua população, pela sua seriedade e competência para desempenharem o cargo de deputados, etc. (e nunca por interposta indicação do clube…). Sabíamos qual era o nome, rosto,  corpo gordo ou magro, alto ou baixo, homem ou mulher etc. e se não cumprisse aconchegávamos-lhe a roupa ao pelinho
 
Temos que mudar o sistema eleitoral que permite as ditas listas, onde se incorporam os clientes/sócios dos partidos…Por isso vemos gentinha, p.e. de Faro em listas de Bragança… sem nunca lá terem colado as solas dos sapatos uma única vez… Mas sapato é sapato para não dizer tacho é tacho…e o partido tem que dar emprego a muito cliente… Por esta razão não convém aos partidos a mudança do sistema eleitoral…
 
A Constituição prevê a possibilidade, não concretizada na lei ordinária, de um círculo eleitoral nacional e de círculos eleitorais uninominais. Prevê… não estabelece!
Um leitor deste blog sugeriu “e que tal se fosse permitido aos países fazerem "transferências" qual mercado de futebol, e importarmos gente trabalhadora, empenhada, com visão de futuro, sem os bolsos largos e de preferência com eles cozidos, políticos de qualidade”?
 
E porque não importamos da Suécia (não é o nº 1 no ranking da qualidade da democracia?) um 1º ministro e mais 9 técnicos para ministros das pastas necessárias. O resto do pessoal está no quadro da função pública e só precisa de quem os oriente e ensine. Reduzia-se a despesa e ainda por cima haveria respeito e aumentava-se o. PIB...
 
Se a solução para Portugal passar por aí, futebol ou importação, estou totalmente de acordo. 
 
Mas coloca-se-me uma feroz dúvida: no lobby futebolistico quem aceitava as nossas estátuas da política?
 
Vejamos: nunca marcam golos, desconhecem as regras do jogo, aldrabam as competências literárias, têm horários ad-hoc e salários cheios de outros apêndices que resultam em quantias astronómicas, possibilidade de reformas incompatíveis com qualquer sistema de outro país, guarda roupa com luvas, justiça especial, regalias de toda a ordem, etc. etc.
 
É dramático!
publicado por mariadoscaracois às 14:22
sinto-me: tola
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Era a terceira vez que aquele substantivo e aquele artigo se encontravam no elevador.

 

Um substantivo masculino, com aspecto plural e alguns anos bem vividos pelas preposições da vida. O artigo, era bem definido, feminino, singular. Ela era ainda novinha, mas com um maravilhoso predicado nominal. Era ingénua, silábica, um pouco átona, um pouco ao contrário dele, que era um sujeito oculto, com todos os vícios de linguagem, fanático por leituras e filmes ortográficos.

 

O substantivo até gostou daquela situação; os dois, sozinhos, naquele lugar sem ninguém a ver nem ouvir. E sem perder a oportunidade, começou a insinuar-se, a perguntar, conversar. O artigo feminino deixou as reticências de lado e permitiu-lhe esse pequeno índice.

 

De repente, o elevador pára, só com os dois lá dentro.

 

Óptimo, pensou o substantivo; mais um bom motivo para provocar alguns sinónimos. Pouco tempo depois, já estavam bem entre parênteses, quando o elevador recomeçou a movimentar-se. Só que em vez de descer, sobe e pára exactamente no andar do substantivo.


Ele usou de toda a sua flexão verbal, e entrou com ela no seu aposento.


Ligou o fonema e ficaram alguns instantes em silêncio, ouvindo uma fonética clássica, suave e relaxante. Prepararam uma sintaxe dupla para ele e um hiato com gelo para ela.

 

Ficaram a conversar, sentados num vocativo, quando ele recomeçou a insinuar-se. Ela foi deixando, ele foi usando o seu forte adjunto adverbial, e rapidamente chegaram a um imperativo.

Todos os vocábulos diziam que iriam terminar num transitivo directo.

 

Começaram a aproximar-se, ela tremendo de vocabulário e ele sentindo o seu ditongo crescente. Abraçaram-se, numa pontuação tão minúscula, que nem um período simples, passaria entre os dois.

 

Estavam nessa ênclise quando ela confessou que ainda era vírgula.

 

Ele não perdeu o ritmo e sugeriu-lhe que ela lhe soletrasse no seu apóstrofo. É claro que ela se deixou levar por essas palavras, pois estava totalmente oxítona às vontades dele e foram para o comum de dois géneros.

 

Ela, totalmente voz passiva. Ele, completamente voz activa. Entre beijos, carícias, parónimos e substantivos, ele foi avançando cada vez mais.

 

Ficaram uns minutos nessa próclise e ele, com todo o seu predicativo do objecto, tomava a iniciativa. Estavam assim, na posição de primeira e segunda pessoas do singular.

 

Ela era um perfeito agente da passiva; ele todo paroxítono, sentindo o pronome do seu grande travessão forçando aquele hífen ainda singular.

 

Nisto a porta abriu-se repentinamente.

 

Era o verbo auxiliar do edifício. Ele tinha percebido tudo e entrou logo a dar conjunções e adjectivos aos dois, os quais se encolheram gramaticalmente, cheios de preposições, locuções e exclamativas.

 

Mas, ao ver aquele corpo jovem, numa acentuação tónica, ou melhor, subtónica, o verbo auxiliar logo diminuiu os seus advérbios e declarou a sua vontade de se tornar particípio na história. Os dois olharam-se; e viram que isso era preferível, a uma metáfora por todo o edifício.

 

Que loucura, meu Deus!

 

Aquilo não era nem comparativo. Era um superlativo absoluto. Foi-se aproximando dos dois, com aquela coisa maiúscula, com aquele predicativo do sujeito apontado aos seus objectos. Foi-se chegando cada vez mais perto, comparando o ditongo do substantivo ao seu tritongo e propondo claramente uma mesóclise-a-trois.

 

Só que, as condições eram estas:

Enquanto abusava de um ditongo nasal, penetraria no gerúndio do substantivo e culminaria com um complemento verbal no artigo feminino.


O substantivo, vendo que poderia transformar-se num artigo indefinido depois dessa situação e pensando no seu infinitivo, resolveu colocar um ponto final na história. Agarrou o verbo auxiliar pelo seu conectivo, atirou-o pela janela e voltou ao seu trema, cada vez mais fiel à língua portuguesa, com o artigo feminino colocado em conjunção coordenativa conclusiva.

 

Fernanda Braga da Cruz

Redacção feita por uma aluna de Letras, que obteve a vitória num concurso interno promovido pelo professor da cadeira de Gramática Portuguesa.

publicado por mariadoscaracois às 11:46
sinto-me: professora
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E se... eu disser que... nunca viram nada disto na vossa vida... É estranho, mas realmente vale a pena.

De Dali a Bosch, passando por um Dante a revisitar...

Sentem-se...

Respirem fundo...

Acertem o pulsar...

Abram a mente, o espirito, o sentir e deixem-se transportar...

Eis o surreal a avançar...

Podem mudar a velocidade e o sentido da viagem movendo o cursor no canto superior esquerdo dentro da meia lua
publicado por mariadoscaracois às 11:40
sinto-me: surpreendida
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