Ando por aí, por esse mundo imenso, de folha em folha...
Segunda-feira, 13 de Julho de 2009

Senhor Presidente da Câmara de Castro Marim,

 

Na sua última edição o Expresso ofereceu um mapa patrocinado pela Vodafone, do Alentejo e do Algarve.
É com redobrado espanto que verifico que o meu Presidente da Câmara é o único que consegue a brilhante proeza de ter as suas duas e únicas praias sem a classificação mínima para a ostentação da bandeira azul.
Seriam certamente preferíveis as bandeiras azuis em Altura e na Praia Verde em vez de tantas rotundas… Ou não: se calhar são as rotundas que atraem turistas… que sei eu…
É verdade que os habitantes comentam e fundamentam toda a violenta imundície existente em Altura com as “tricas políticas” entre os Presidentes das Câmaras envolvidos na já célebre, perpétua e intocável ETAR… Perto das conversas entre indígenas basta ouvido apurado …
Francamente, é mais do que tempo do Senhor Presidente se regalar com a vista espectacular dos depósitos/tanques abertos para deleite de todo o público, residentes e turistas, de cheirar Altura ficando perfeitamente inebriado e finalmente traduzir esse esplendor em cartazes eleitorais!
Em Castro Marim Deus dá nozes a quem não tem dentes, diz tanta gente!
Que tristeza. Não concorda?
É Allgarve! É Portugal!
Cumprimentos,
publicado por mariadoscaracois às 21:19
sinto-me: esverdungosamente suja


O meu Bonifácio está grande e aprendendo a voar melhor… É um menino macho, pela cor das penas. Tenho que me preparar para o dia em que ele irá abandonar este lar provisório. O pardal não é adequado a cativeiro – é livre e solto. Gostava que voltasse ao seu habitat de origem, no Alentejo.

 

Como já sabem resolvi arriscar e cuidar de um pardal quase em estado embrionário, sem penas, sem mãe e sem irmão, acompanhado de dois ovinhos que não chegaram a eclodir, sabendo que a possibilidade seria de 99% de sobrevivência. Passaram-se 3 semanas e fiquei feliz por ter resistido. Agora já tem penas e come como um leão
Perguntam-me o que lhe dou de comer. Puxei pela cabeça para chegar a uma ementa equilibrada…partindo do principio de que, em liberdade, os pardais comem sementes, cereais, insectos e larvas ou minhocas.
Ponho um pouco de carolo de milho (uma farinha grossa, amarela, que se compra em qualquer super), um pouco de couscous e um pouco de flocos de aveia ou de centeio (só os adicionei após 2 semanas). Cubro +- o dobro do volume de água. Levo ao microondas até levantar fervura. Deixo arrefecer para ver a consistência: se estiver muito grosso ou espesso adiciono água até ficar uma pasta relativamente mole que se assemelhe à massa regurgitada pela verdadeira mãe. Esta é a base da alimentação que guardo fechada no frigorifico, porque dá muita quantidade. (Nota: Um pouco = +- uma colher de chá mal medida.)
Retiro uma colher de chá de papa e adiciono meia fatia de ovo cozido picado com um garfo (gema e clara substituem as proteínas dos insectos, larvas ou minhocas). Umas vezes dou-lhe esta combinação, outras só a mistura de cereais. Se estivesse muito frio dar-lhe-ia um pouco de manteiga diluída nos cereais.
Como já está crescidinho também lhe dou bolacha Maria, bolo seco ou miolo de pão de mistura, tudo esfarelado e seco. As sementinhas próprias para pássaros ainda não são da sua predilecção… Os pardais pequenotes bebem pouca água e só hoje dei pelo jeito do meu pardal beber água sozinho. Também não toma banho como os outros passarinhos costumam fazer… Há duas noites começou a dormir no poleiro da gaiola…em vez de se esconder no pano…
Toda a comida é dada na boca até eles saberem bicar. Água em gotas. O meu já bica na palma da minha mão, gosta muito de roer as minhas unhas e conhece-me a voz. Anda muito livre pela casa… empoleirado no meu dedo ou nas grades exteriores da gaiola. Tento esticar-lhe as asas, obrigando-o a voar pequenas distâncias. Pula pelo chão e suja tudo… (quase arrisco dizer que o pardal é o único pássaro que dá pulos).  Adora festas e quantas vezes adormece na curva do meu braço ou na palma da minha mão… Ninguém acredita: mas quando vêem, pedem para fotografar, tal o espanto…
Nos primeiros dias ficava escondido no núcleo do ninho, que recolhi e acondicionei numa caixa de papelão. Piava quando tinha fome. Mais tarde substituí o ninho sujo por um bocado de pano turco velho, tentando envolvê-lo sem o asfixiar. Dormiu assim 2 semanas até que desapareceu e eu levei duas horas procurando o pardal pela casa… Encontrei-o escondido no rolo de um tapete e vivo. Nesse dia comprei uma gaiola onde o coloco quando não posso olhar por ele… e também muito útil nas viagens… Arranjei um filho pardal, que anda comigo para todo o lado…mesmo para o Algarve. É uma companhia e peras! Pia que se farta (deve enjoar de carro, digo eu…)
 
publicado por mariadoscaracois às 21:16
sinto-me: pardala mamã
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Terça-feira, 07 de Julho de 2009

AH!

 

AGUARDO AS ONDAS E O MAR QUENTE.

 

A AREIA SOLTA E BRANCA DE ALTURA.

 

O SOL FERVENTE.

 

OS PASSEIOS DE BICICLETA (PASTELEIRA...)

 

MARCHO COM A BIMBY E O PARDAL!!!!!

publicado por mariadoscaracois às 17:58
sinto-me: SALGADA
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DIÁRIO DELA:

 

Ele ficou esquisito a partir de sábado à noite. Tínhamos combinado encontrarmo-nos num bar para beber um copo antes de jantar. Andei às compras a tarde toda com as amigas e pensei que o seu comportamento se devesse ao meu atraso de vinte minutos. Mas não. Nem sequer fez qualquer comentário, como lhe é habitual. A conversa e o sítio não estavam muito animados, por isso propus irmos a um lugar mais íntimo para podermos conversar mais tranquilamente. Fomos a um restaurante caro e elegante. A comida estava excelente e o vinho era de reserva. Quando veio a conta, ele nem refilou e continuava a portar-se de forma bastante estranha. Como se estivesse ausente. Tentei rodar os assuntos para fazer com que se animasse mas em vão. Comecei a pensar se seria culpa minha ou outra coisa qualquer. Quando lhe perguntei, disse apenas que não tinha nada a ver comigo. Mas não me deixou convencida. No caminho para casa, já no carro, disse-lhe que o amava. Ele limitou-se a passar o braço por cima dos meus ombros, de forma paternal e sem me contestar. Não sei como explicar a sua atitude, porque não disse que me queria como faz habitualmente. Simplesmente não disse nada. Começo a ficar cada vez mais preocupada. Chegámos por fim a casa e, nesse preciso momento, pensei que ele me queria deixar. Tentei fazer com que falasse sobre o assunto mas ele ligou a televisão e ficou a olhá-la com um ar distante, como que a fazer-me ver que tudo tinha terminado entre nós. O silêncio cortado pelo filme era sufocante. Por fim, desisti e disse-lhe que ia para a cama. Mais ou menos dez minutos depois, ele entra no quarto e deita-se a meu lado. Para enorme surpresa minha, correspondeu aos meus beijos e carícias e acabámos por fazer amor. Não foi tão intenso como normal mas ele pareceu gostar. Apesar de continuar com aquele ar distraído que tanto me aflige. Depois, ainda deitada na cama, resolvi que queria enfrentar a situação e falar com ele o quanto antes. Mas ele já tinha adormecido. Comecei a chorar e continuei a fazê-lo pela noite dentro, até adormecer quase de manhã. Estou desesperada, já não sei o que fazer. Estou praticamente convencida que os seus pensamentos estão com outra. A minha vida é um autêntico desastre!

 

DIÁRIO DELE:

O Sporting perdeu! Pelo menos dei uma queca......!

publicado por mariadoscaracois às 16:51
sinto-me: ingénua
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http://video.google.com/videoplay?docid=-3412294239230716755&hl=en

 

 

referido no New York  Times

 

publicado por mariadoscaracois às 14:18


A criancinha quer Playstation. A gente dá.
A criancinha quer estrangular o gato. A gente deixa.
A criancinha berra porque não quer comer a sopa. A gente elimina-a
da ementa e acaba tudo em festim de chocolate.
A criancinha quer bife e batatas fritas. Hambúrgueres muitos.
Pizzas, umas tantas. Coca-Colas, às litradas. A gente olha para o
lado e ela incha.
A criancinha quer camisola adidas e ténis nike. A gente dá porque a
criancinha tem tanto direito como os colegas da escola e é perigoso
ser diferente.
A criancinha quer ficar a ver televisão até tarde. A gente senta-a
ao nosso lado no sofá e passa-lhe o comando.
A criancinha desata num berreiro no restaurante. A gente faz de
conta e o berreiro continua.
Entretanto, a criancinha cresce. Faz-se projecto de homem ou mulher.
Desperta.
É então que a criancinha, já mais crescida, começa a pedir mesada,
semanada, diária. E gasta metade do orçamento familiar em saídas,
roupa da moda, jantares e bares.
A criancinha já estuda. Às vezes passa de ano, outras nem por isso.
Mas não se pode pressioná-la porque ela já tem uma vida stressante,
de convívio em convívio e de noitada em noitada.
A criancinha cresce a ver Morangos com Açúcar, cheia de pinta e tal,
e torna-se mais exigente com os papás. Agora, já não lhe basta que
eles estejam por perto. Convém que se comecem a chegar à frente na
mota, no popó e numas férias à maneira.
A criancinha, entregue aos seus desejos e sem referências, inicia o
processo de independência meramente informal. A rebeldia é de trazer
por casa. Responde torto aos papás, põe a avó em sentido, suja e não
lava, come e não limpa, desarruma e não arruma, as tarefas
domésticas são «uma seca».
Um dia, na escola, o professor dá-lhe um berro, tenta em cinco
minutos pôr nos eixos a criancinha que os papás abandonaram à sua
sorte, mimo e umbiguismo. A criancinha, já crescidinha, fica
traumatizada. Sente-se vítima de violência verbal e etc e tal. Em
casa, faz queixinhas, lamenta-se, chora. Os papás, arrepiados com a
violência sobre as criancinhas de que a televisão fala e na dúvida
entre a conta de um eventual psiquiatra e o derreter do ordenado em
folias de hipermercado, correm para a escola e espetam duas
bofetadas bem dadas no professor «que não tem nada que se armar em
paizinho, pois quem sabe do meu filho sou eu».
A criancinha cresce. Cresce e cresce. Aos 30 anos, ainda será
criancinha, continuará a viver na casa dos papás, a levar a gorda
fatia do salário deles. Provavelmente, não terá um emprego. «Mas ao
menos não anda para aí a fazer porcarias».
Não é este um fiel retrato da realidade dos bairros sociais, das
escolas em zonas problemáticas, das famílias no fio da navalha? Pois
não, bem sei. Estou apenas a antecipar-me. Um dia destes, vão ser os
paizinhos a ir parar ao hospital com um pontapé e um murro das
criancinhas no olho esquerdo. E então teremos muitos congressos e
debates para nos entretermos .

 

Magnífico artigo da Visão online!

publicado por mariadoscaracois às 14:15
sinto-me: tola

Segunda-feira, 06 de Julho de 2009

Coimbra, 24 de Agosto de 1988 -

 

O telefone emude­ceu. O carteiro não toca se­quer uma vez. O vento não pára. Os remédios não reme­dei­am. A dor de cabeça não esmo­rece. O Sol esqueceu-se do ofício e meteu folga. O silêncio não se constrói nem me destrói. A música não apazigua. Os jornais gri­tam que não querem ser li­dos. A espe­rança não esperneia. O calor tem frio. O frio tem fome. A fome tem sede. A sede está farta. As ideias embran­que­ceram. As pa­lavras en­louqueceram num hospí­cio de bolor esverdeado. O livro está atravessado no útero e não pede para nascer. Os amigos estão mor­rendo. A guerra nasce das entra­nhas do ouro ne­gro. Os filhos não se deixam filhar. As filhas idem aspas, mas as­pando. A poesia vi­rou car­raça em pêlo de cadelinha. A li­teratura teve mais sorte e caiu numa pane­linha. A chuva es­queceu-se de se molhar. O corpo é um copo sem espírito de be­bida. Os olhos suici­da­ram-se. A boca caiu na li­xeira. As horas não oram. Os minu­tos não minutam nem deixam minutar a minuta de um sonho. O Sol sujou-se. O céu caiu de susto. O pe­sa­delo não se assustou. O sonho sustou-se. Os olhos cabe­ceiam de sono. As mãos pe­di­ram memória a juro porque não pagam juros de mora. As pernas colunizaram-se sobre os pés. Os pés pediram tré­guas e não sa­pateiam. A sapateia dançarilha no chão do longe. O longe é uma parte da partilha ainda es­parti­lhada. A saudade é uma Ilha rodeada de ti. A Ilha veio pernoitar em tua cama e lá se deixou noivar. Os mortos não se cansam de vi­ver nem os vivos de apo­drecer. A morte anda a cavalo nos pon­tei­ros do relógio. O relógio faz que anda, mas, no íntimo, galopa. Os dias resfol­gam nos cavalos da noite. A noite de­bate-se no cre­púsculo caído. As nuvens entupiram os caminhos da viagem. A viagem per­deu o navio e dei­xou-se fi­car no cais. O comboio não pára no apeadeiro que me coube. O bi­lhe­te que tirei tem uma data falsa. Todas as datas são falsas sobretudo as dos ani­ver­sários. Ani­ver­sariar é o modo conjuntivo desconju­gado num tempo in­definido. Conti­nuo es­perando di­ante do espelho que a minha ima­gem espe­lhada se metamor­foseie na tua para nela me aposentar. O amor não se cansa. Assim seja!
 
Cristóvão de Aguiar in “Relação de Bordo” (volume 1)

publicado por mariadoscaracois às 13:25
sinto-me: invejosa...


Caro Conterrâneo Filipe Tavares (SOS COSTA NORTE),
 
Como sabe, a Lagoa do Fogo é um dos principais locais de turismo da natureza que existe na nossa Região e é visitada anualmente por milhares de turistas nacionais e estrangeiros. Sendo um dos principais cartazes da ilha, o número de visitantes tenderá a aumentar ano após ano.
Há que preservar  a sua natureza  e o seu ecosistema e, infelizmente, já existem indícios de eutrofização das suas águas.
Estas coisas deviam ser tratadas com seriedade e imparcialidade, tendo como único objectivo a defesa intransigente dos nossos tesouros naturais, para que cheguem intactos aos que virão depois de nós.
Ora, em 1º lugar, a minha discordância em relação à petição advém do facto de ser incompreensível que um passadiço de madeira de 500 metros possa prejudicar o ambiente natural da lagoa! Tenho caminhado por parques e reservas naturais e por dunas costeiras com passadiços de madeira feitos exctamente com a mesma finalidade do da lagoa do Fogo: proteger a vegetação. Os autores da petição pensam ao contrário. Esquisito!
Claro que, se o passadiço em questão vai ser construído sem corrimão, há que corrigir este erro crasso, já que um corrimão é indispensável, quer para obstucalizar a passagem para cima do solo quer para protecção dos visitantes. Isto, sim, é criticável.
Como é posssível entrar na cabeça de alguém que caminhar pelo "caminho de cabras" já existente proteja mais a vegetação do que caminhar por um passadiço de madeira?
Haver fiscalização é outra iniciativa não prevista mas que devia ser exigida. Isto também é criticável.
Em 2º lugar, ao visitarmos o blog "SOS COSTA NORTE" é fácil descortinar que este blog, autor da petição, tresanda a laranja, perdendo assim toda a credibilidade.
Claro, as eleições autárquicas estão próximas e há que aproveitar todas as oportunidades!
Repare que sou um cidadão independente, não vinculado a qualquer partido político e tenho pena que questões tão importantes como esta sejam tratadas com tamanha leviandade.
Como pode verificar, assinei a petição contra as touradas sem qualquer comentário, concordando plenamente com a mesma.
Mas até nisto o seu blog é infeliz, chamando "cornudo" ao presidente da Cãmara da Ribeira Grande! Pior do que o Manuel Pinho!
Saudações amigáveis,
José Manuel Tavares Rebelo
Fundador e dirigente da Casa dos Açores do Norte (Porto)
Fundador e dirigente da Confraria Atlântica do Chá (Porto)
 
publicado por mariadoscaracois às 12:42
sinto-me: confusa
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REFLITAM.   O mundo esta a mudar.  Está em completa transformação.

Assista a este video sobre o futuro do islamismo (de um Mundo Islâmico)

 

publicado por mariadoscaracois às 12:15
sinto-me: assustada
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Quinta-feira, 02 de Julho de 2009

Não toquem na LAGOA DO FOGO!!!

NÃO É PRECISO DIZER MAIS NADA!!!


ASSINE A PETIÇÃO E DIVULGUE


http://www.peticao.com.pt/lagoa-do-fogo

É O PEQUENO PARAÍSO INTACTO QUE NOS RESTA
SE A OBRA FOR EM FRENTE, SERÁ O PRINCIPIO DO FIM!
CONSULTE TIM TIM POR TIM TIM EM:

http://soscostanorte.blogspot.com/
http://sosportoformoso.blogspot.com/
soscostanorte@gmail.com

publicado por mariadoscaracois às 18:30
sinto-me: corisca
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