Em 2005 deram a vitória maioritária ao PS 2.573.406 votantes. Os recenseados eram 8.785.227 e em 31 de Dezembro desse ano a população residente em Portugal foi estimada em 10.569.592 indivíduos.
Reparem bem como duas mil e tal alminhas puderam dar-se ao luxo de decidir por oito mil e muitas outras alminhas que no PS não votaram.
Foi a pura e dura verdade do que aconteceu em 2005. Em eleições legislativas anteriores foi a mesmíssima trafulhice.
O conterrâneo português reclama e reclama do governo que lhe caiu em cima mas nada faz para corrigir a situação…
Votar-se em listas é qualquer coisa do mais aberrante e bizarro que me passa pela cabeça: O eleitor dispõe de um voto singular para votar no Sr. ou Sra. Lista que por acaso não possui BI nem contribuinte (as listas plurinominais, são fechadas e bloqueadas, apresentadas exclusivamente por partidos ou coligações, sem qualquer possibilidade do votante manifestar preferências). Isto é inaceitável!
Nós devíamos votar em pessoas que conhecêssemos pelas provas dadas em matérias com que se defronta o país e a sua população, pela sua seriedade e competência para desempenharem o cargo de deputados, etc. (e nunca por interposta indicação do clube…). Sabíamos qual era o nome, rosto, corpo gordo ou magro, alto ou baixo, homem ou mulher etc. e se não cumprisse aconchegávamos-lhe a roupa ao pelinho…
Temos que mudar o sistema eleitoral que permite as ditas listas, onde se incorporam os clientes/sócios dos partidos…Por isso vemos gentinha, p.e. de Faro em listas de Bragança… sem nunca lá terem colado as solas dos sapatos uma única vez… Mas sapato é sapato para não dizer tacho é tacho…e o partido tem que dar emprego a muito cliente… Por esta razão não convém aos partidos a mudança do sistema eleitoral…
A Constituição prevê a possibilidade, não concretizada na lei ordinária, de um círculo eleitoral nacional e de círculos eleitorais uninominais. Prevê… não estabelece!
Um leitor deste blog sugeriu “e que tal se fosse permitido aos países fazerem "transferências" qual mercado de futebol, e importarmos gente trabalhadora, empenhada, com visão de futuro, sem os bolsos largos e de preferência com eles cozidos, políticos de qualidade”?
E porque não importamos da Suécia (não é o nº 1 no ranking da qualidade da democracia?) um 1º ministro e mais 9 técnicos para ministros das pastas necessárias. O resto do pessoal está no quadro da função pública e só precisa de quem os oriente e ensine. Reduzia-se a despesa e ainda por cima haveria respeito e aumentava-se o. PIB...
Se a solução para Portugal passar por aí, futebol ou importação, estou totalmente de acordo.
Mas coloca-se-me uma feroz dúvida: no lobby futebolistico quem aceitava as nossas estátuas da política?
Vejamos: nunca marcam golos, desconhecem as regras do jogo, aldrabam as competências literárias, têm horários ad-hoc e salários cheios de outros apêndices que resultam em quantias astronómicas, possibilidade de reformas incompatíveis com qualquer sistema de outro país, guarda roupa com luvas, justiça especial, regalias de toda a ordem, etc. etc.
É dramático!
sinto-me: tola